Anna Molly: uma noiva sobrenatural

Curto muito Incubus! Já disse e reafirmo ser uma das bandas favoritas, daquelas que explodiram no boom do século 21, quando o mundo ainda não acabou…

Apesar da crise (que crise? Diriam alguns), a ideia não é falar sobre música. Na verdade e em verdade, buscava inspiração para escrever um texto sobre os 498 anos de Reforma Protestante.

Num ritmo intenso de leituras, provas e trabalhos teológicos, pensei em algo mais leve. Sem teologia nem filosofia (como se isso fosse possível). Até que iniciei a playlist e comecei a viajar no trecho da música Anna Molly:

Uma nuvem encobre e silencia minha felicidade
Mil navios não poderiam me tirar da angústia
Queria que você estivesse aqui, eu sou um satélite ferido
Preciso que você me faça sentir bem agora.

É quase um Salmo 143. Embora isso dependa muito de quem lê e como vê a cultura…

No clip, a querida Anna Molly está aparente morta. Lamentos e tormentos são apreendidos na poesia, que chama por seu nome desesperadamente. A moça chega a ser comparada com a companhia capaz de ser a fonte contra a solidão. Sua ausência é como uma nuvem que encobre a felicidade.

Anna Molly, annomally…

“Anna Molly, Anomalia! Eu estou chamando seu nome no ar! Nenhum dos outros nomes, pode jamais comparar…”

E essa parte é incrível (assista o vídeo):

Anna Molly é a anomalia! De uma forma sobrenatural, a jovem está viva!

Espere, há uma luz, há um incêndio
Desfragmentando o sótão (Anomalia!)
Fatalidade, ou algo melhor,
eu não poderia me preocupar menos.
Apenas fique comigo um momento.

Claro! Anna Molly é a Igreja de nosso tempo! Isso! Apenas se feita uma escuta ativa Teo-referente. Herança pura e simples do ethos da Reforma Protestante. Os reformadores dedicaram um esforço total para resgatar o real significado de ser cristão à luz das Escrituras, gerando assim, impactos na vida individual, comunitária e societária.

Tudo bem diferente de Parecer.

Há quem ouça música “evangélica”
Vote na bancada “evangélica”
Consuma “moda evangélica”
Desconheça o Evangelho!

É por essas e tantas outras que não abro mão do termo Evangélico.

“Evangélicos são autênticos católicos!” – Diria Dom Robinson Cavalcanti.

Carecemos de um resgate semântico e hermenêutico para o retorno de uma espiritualidade autêntica que possibilite ser (ontologia) e viver (práxis) integralmente de modo evangelical, apre(e)ndendo com as histórias passadas, confiando no futuro casamento que a Deus pertence.

A Igreja é a noiva! Anna Molly não está morta! Por mais aparente que isso seja…

Mas, os reformadores amaram a Igreja de Cristo!

A Igreja é projetada diretamente do coração trinitário: Pai, Filho e Espírito Santo estão à sua espera e ao mesmo tempo, trabalham por ela…

Na morte e ressurreição do Cristo, a noiva surge pra cantar sua salvação, santificar, curar, denunciar, expulsar e transformar tudo aquilo que não tem procedência divina. Nela, está o perfume da alegria e esperança, tem o sabor da presença do Reino de Deus que começa aqui e agora.

A noiva recebe o sopro do Espírito Santo e é escolhida para alcançar, abençoar, beijar e abraçar o mundo sem rima e sem rumo… Mesmo havendo uma série de problemas humanos na instituição, o conceito do corpus mixtum, de Agostinho, ou ainda, na linguagem bíblica de Jesus, sobre o trigo e o joio, já sabíamos que nela haveria “falsos profetas” e um “falso evangelho”.

Contudo, os reformadores são aqueles que fizeram lembrar a vida e a beleza da Igreja! Quando tudo parecia estar perdido, inundado na corrupção, no legalismo e na manipulação religiosa, beirando sinais de morte… “ Anna Molly, annomally”

“ Anna Molly, annomally” – Nosso foco é viver crendo e exercendo fé, com a Graça, em Cristo, pela cruz, praticando a Bíblia, na Missão diária… Até que cheguem as bodas!

“ecclesia semper reformanda et semper reformanda est”.

Amo a Igreja!
2015, Reforma Protestante, 31 de outubro.

Soli Deo Gloria.

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Triságio

Agios o Theos, Agios ischyros, Agios athanatos, eleison imas

Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, tem misericórdia de nós.

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Feita de Diamantes

Curto muito Ben Harper e tenho a canção Diamonds on the inside como uma pérola de suas composições. Um colar onde cada frase representa uma pedrinha que me deixa viajando, relembrando, projetando…

Ocorre que algumas vezes essas preciosidades são tão bem guardadas em nós, que temos dificuldades em encontrá-las quando a concha está fechada.

Dias atrás, tropecei nesta música e não demorou muito pra que percebesse o coração e a memória surfando sobre ondas de pensamentos. Respirei fundo pra não me afogar neles…

Agora, terminando as férias com os pés no asfalto, vi que ainda tem um mar de almejar aqui dentro.

Por mais que seja expressa, eu sigo sem pressa.

Aliás, vou indo nessa…

Mergulhe na preciosidade da superfície. Nade no caminhar e ande no fundo do mar. Por mais raso que pareça, continue cavando…

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Crazy Times

“Hoje o tempo voa…” – Diria a famosa canção “Tempos Modernos”.

Repensando sobre muito, devo concordar que “não há tempo que volte…”.

Entretanto, talvez o “novo começo de era” não seja de “gente fina, elegante e sincera”. E, a “habilidade” não esteja em “dizer mais sim do que não”.

Percebo sutilmente que dizer Não, torna-se cada vez mais difícil nesses “Tempos Loucos”. Parece-me que qualquer teoria ou atitude  contrária ao fluxo da moda do pensar, configura-nos como caricaturas bizarras ou ainda de “outro mundo’.

Enfim, é chegada a hora de preparar quem vai gratuitamente receber esses rótulos. E, por acreditarem em valores radicalmente[1] contraculturais, serão cada vez mais interpretados como pessoas “ultrapassadas, reacionárias e antiquadas”.

Por isso, Não quero mais “me permitir”. Pode a psicanálise freudiana taxar de mero desejo reprimido. Desejo despojar-me de mim (se é que há algum tesouro aqui para utilizar essa palavra).

“Deus me livre de ser original” – [C.S Lewis]

“Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” – [Jesus de Nazaré, no Evangelho de Mateus, 16.24]

Solidificando diariamente convicções, observo que  identidades autênticas são constituídas de assertivas negações.
Todavia, quem diz “Sim” pra tudo, pode encontrar inesperadamente com o “Não” – agora, em sentido e consequências  estritamente prejudiciais/negativas.

Tempos Loucos (Jars Of Clay)

Você é insensível deste jeito
E é por isso que diz
As coisas que diz
Você não consegue atrair
As coisas das quais sente falta
Você está tentando em vão
O tempo parece estar sempre louco
Você descobre que vai acordar e se dar conta
De que é preciso mais que seus olhos lacrimejantes
Para consertar as coisas
Você desce em espiral
Quebrou a sua coroa
E não se sente uma rainha
Você viu a evidência
Mas continua a chorar amargamente
E nunca vai acreditar
O tempo parece estar sempre louco
Você descobre que vai acordar e se dar conta
De que é preciso mais que seus olhos lacrimejantes
Para consertar as coisas
Você tenta subir numa escada quebrada
Se agarra a degraus inexistentes
E cai cada vez mais e mais
Parece que há algum tempo atrás você disse que
Isto não duraria e agora se assenta aqui a chorar
Ao lado de sua cama
Se sente abandonado à morte
Você ajoelha no escuro
É preciso mais que seus olhos lacrimejantes
Para consertar as coisas
O tempo parece estar sempre louco
Você descobre que vai acordar e se dar conta
De que é preciso mais que seus olhos lacrimejantes
Para consertar as coisas

[1] Obviamente que quando menciono a palavra Radical, considero a derivação do latim radix, portanto, raiz.

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Cada Passo

Lindas canções, musicalidade impecável, letras inspiradoras e um som que tenho escutado cotidianamente na playlist. Definitivamente, “Os Arrais” arrasam!

E como é bom desfrutar de obras como essa, que contribui para  uma espiritualidade saudável, ou seja, aquela que conduz às reflexões, ao reconhecimento e glorificação do Criador. A compreender o caminho da cruz, o amor de Jesus e a louvá-lo em todas as circunstâncias.

Cada passo é uma canção que explicitamente sinaliza a Graça divina e o senhorio de Cristo, atraindo-nos para o seu amor. Além disso, expressa com clareza, o que tenho vivenciado nestes últimos tempos:

“Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana – dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta. Receber o que Deus fez por vocês é o melhor que podem fazer por ele. Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que ele quer de vocês e tratem de atendê-lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade, Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade.

Ao escrever para vocês, sinto profunda gratidão por tudo que Deus me deu, especialmente pela responsabilidade que tenho por vocês. Vivendo assim como cada um de vocês, em pura graça, é importante que não tenham um conceito errado de vocês mesmos, achando que têm alguma bondade para apresentar a Deus. Não, é Deus quem concede tudo a vocês. O único modo de nos entendermos é pelo fato que Deus é e pelo que ele faz por nós, não pelo que somos e fazemos por ele.

[Paulo, o apóstolo na carta aos Romanos, capítulo 12.1-3 – A Mensagem]

E que seja assim: a cada passo que eu der, em cada estrada que eu trilhar, todo o caminho que escolher, a sua mão venha para guiar-me…

Nele está a vida. Nele Há vida.

Eu quero seguir…

caminhando

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Tudo pro Alto

Poderia ser outra música! Composta por uma banda clássica! Algo que me trouxesse lembranças boas… Mas é uma banda que tanto escutei e incomodei os vizinhos na adolescência, que representa em sua letra uma explosão de sensações e continua ao longo dos anos, tendo relevância as ocorrências vitalícias – objetivas & subjetivas…

O desejo de fazer… O incansável mergulho no mar das reflexões… A vontade de, por tantas vezes, fugir das profundezas das ideias – das ondas filosóficas, teológicas, poéticas, éticas, morais – que quebram bem no cerne do cérebro e como uma praia, nunca param…

A superfície não está aqui… O legado trabalha sem férias coletivas…

Jamais me passou pela cabeça jogar tudo pro alto. Já pensei estar acima da razão (ah, a imaturidade…). Porém, o joelho ralado e o sabor de terra – ensinaram-me após os tombos, o quão importante é sincronizar os passos da caminhada…

Alguém disse que “gato escaldado tem medo de água fria”.

A trajetória é expressa… Nem sempre linear. Logo, há virtudes em quem retrocede. Hoje admiro a coragem da pessoa que recua…

“Mas que bom poder ter uma chance a mais…”


Quero ter a oportunidade de morrer vivendo naquilo que em momento algum perdeu o sentido… Progressivamente acumulativo, maximiza a intencionalidade de seguir… Privilégio por ser chamado para servir… Sinto cotidianamente certezas autenticadas que quanto mais subtraio a egocentricidade, acrescento sonhos em tempo real. Surpreendendo-me com os acontecimentos emergentes destes improvisos diários.

Jogo tudo pro alto! Não no sentido de chutar o balde…

Jogo tudo pro alto! Por saber que aquele que está acima de todos, tudo pode fazer…

Salto pro Alto

“Como são preciosos para mim os teus pensamentos, ó Deus! Como é grande a soma deles!” – Salmo 139

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Nível Raso

Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem sua vida cotidiana – dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta. Receber o que Deus fez por vocês é o melhor que podem fazer por ele. Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que ele quer de vocês e tratem de atendê-lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade, Deus extraí o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade. (Apóstolo Paulo, na carta aos Romanos. Capítulo 12:1,2 – A Mensagem)

Mergulhando rasteiro pra não boiar no nada! Esta é a sensação que tenho, sempre que penso sobre a maré desta cultura ou quando observo o fluxo da correnteza.

Alguém disse que “somente os peixes mortos nadam a favor da correnteza”.

De nada vale multidões marcharem ou promoverem jornadas mundiais para isso ou aquilo, se os valores do reino não existirem de fato, dentro de nós. Não bastam os ritos, as festas e o cumprimento das agendas litúrgicas. “Fé farofa” é aquela que só aparece no período das eventualidades… Retiros, Acampamentos, Marchas, Jornadas… mas se vai quando o cotidiano vem à tona.

Creio no poder do Evangelho que gera transformação, ruptura, mudança, um novo modo de vida. Não me envergonho disso! Jamais cansarei de afirmar que, me envergonho sim, de ver os religiosos adulterando a mensagem e sufocando o conteúdo dentro de seus tantos “ismos” – se achando os detentores da verdade, ou pior, aqueles(as) que estão além do bem e do mal com suas algemas dogmáticas. E tantas vezes, encontram-se tão aquém e além da sã doutrina…

Eu não posso me conformar, com este nível raso…

Nível Raso é o novo som do Rodolfo Abrantes. Ao ouvir a música, tive uma identificação imediata com a letra. Pois, por diversas vezes, essa tem sido minha oração:

Jesus, sei que o poder do Evangelho é imutável, transcende a história e a cultura. Rogo que a Sua Verdade prevaleça em mim. Ajude-me a submeter minhas intenções à sua vontade que é Boa, Perfeita e Agradável e permita que minha vida – seja em pensamentos, palavras e atitudes – demonstrem às pessoas que não te conhecem, o valor do Seu amor…

Venha o teu reino em Amor, Justiça e Santidade…

Não quero subterfúgios pra professar minha fé. Preciso dropar as ondas dessa maré subcultural, estar sobre ela e apresentar o mistério da mensagem que continua transbordando corações, purificando o sentido da vida e gerando o fluir de rios de Água Viva aos que decidem segui-la.

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1080 – mais um giro histórico para o skate

Tom Schaar, adolescente, 12 anos, muito skate no pé & na veia acaba de nos brindar com o que muitos skatistas e apreciadores do esporte sonhavam há algum tempo: Ele executou um 1080, que são três voltas completas no ar. 

A Red Bull contribuiu com a estrutura devida, desenvolvendo rampas que garantissem a velocidade necessária para que Tom concretizasse a manobra…

Parabéns Tom,

Momento histórico para o skate…

Contarei para minhas (futuras) crianças (um dia)… rsrs

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