Poderia ser outra música! Composta por uma banda clássica! Algo que me trouxesse lembranças boas… Mas é uma banda que tanto escutei e incomodei os vizinhos na adolescência, que representa em sua letra uma explosão de sensações e continua ao longo dos anos, tendo relevância as ocorrências vitalícias – objetivas & subjetivas…
O desejo de fazer… O incansável mergulho no mar das reflexões… A vontade de, por tantas vezes, fugir das profundezas das ideias – das ondas filosóficas, teológicas, poéticas, éticas, morais – que quebram bem no cerne do cérebro e como uma praia, nunca param…
A superfície não está aqui… O legado trabalha sem férias coletivas…
Jamais me passou pela cabeça jogar tudo pro alto. Já pensei estar acima da razão (ah, a imaturidade…). Porém, o joelho ralado e o sabor de terra – ensinaram-me após os tombos, o quão importante é sincronizar os passos da caminhada…
Alguém disse que “gato escaldado tem medo de água fria”.
A trajetória é expressa… Nem sempre linear. Logo, há virtudes em quem retrocede. Hoje admiro a coragem da pessoa que recua…
“Mas que bom poder ter uma chance a mais…”
Quero ter a oportunidade de morrer vivendo naquilo que em momento algum perdeu o sentido… Progressivamente acumulativo, maximiza a intencionalidade de seguir… Privilégio por ser chamado para servir… Sinto cotidianamente certezas autenticadas que quanto mais subtraio a egocentricidade, acrescento sonhos em tempo real. Surpreendendo-me com os acontecimentos emergentes destes improvisos diários.
Jogo tudo pro alto! Não no sentido de chutar o balde…
Jogo tudo pro alto! Por saber que aquele que está acima de todos, tudo pode fazer…
“Como são preciosos para mim os teus pensamentos, ó Deus! Como é grande a soma deles!” – Salmo 139